domingo, outubro 18, 2009

Ausencia Indelicada

Um perfume de incenso invade todo o prédio,
Tal como esse silencio, próprio dos edificios.
Assim como faz você, todas as noites,
Sem licença, a invadir minha cabeça.
 
Nesse momento só penso em tuas palavras,
Naquilo que sua voz causa em mim,
Na completa felicidade de nosso encontro.
 
Na janela procuro um pouco da lua,
Hoje tão ausente quanto a presença sua.
Mais fácil achar uma estrela incógnita,
Que o caminho impossível de seu carinhos.
 
A chuva caindo lá fora, melhora ao som de Piazzolla.
Vejo nosso abraço num filme preto e branco,
Repetidas vezes, minha mente, uma película.
 
Agora as plantas já foram molhadas,
A tevê desligada, e dois cigarros acessos.
Se durmo, os sonhos trazem seus beijos.
Incoerente sonhar-te e ter meus braços vazios.
 
Seja razoável nesta falta.
a saudade que me causa tua ausência,
Anda fazendo meu mundo perder a cor.
 
Na eternidade desta noite,
O tempo se arrasta sem você.
Escondido nos versos um choro contido,
Na solidão, só as palavras fornecem um abrigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário