domingo, outubro 04, 2009



Brasa Adormecida


Somos poluição sonora aos ouvidos anciãos,
Visão escarlate aos olhos daquelas, que se dizem donzelas,
Às vezes envoltos em filosofias,
Às vezes mentes vazias.

Ora como numa estória hilária,
Ora no silencioso vácuo... espacial.
De acordo com as fases Lunares,
Lunáticos.

Somos dos tipos que pertencem às portas fechadas,
entrecruzam os olhares, com um sorriso pequeno que desponta dos lábios.
Nosso hálito revela a impureza dos sonhos,
e de sonos intercalados de amor.

Nesses instantes encontro-me apto a ouvir sua voz, invadir o ambiente,
Te sentir como se meu corpo estivesse Doente,
A noite inteira te observar,
Sentado ali naquela cadeira.

Esta doença mostra por mais que lá fora, pássaros negros sobrevoem a cidade, a certeza que momento algum seria mais adequado que simplesmente o agora.

Ao final o som quer ocupar mais espaços,
Num abismo de calor delicioso,
A Atmosfera invadida por formas luminosas.

Nítidas horas no início de um novo dia.
Voltam ao lar as donzelas,
Acordam os anciãos.
A lua se apaga,
sobre as brasas ainda acesas.

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